Minha Jornada como Desenvolvedor

Primeiros Contatos com a Tecnologia

Minha história com o mundo da tecnologia começou cedo. Meu padrasto, que já trabalhava na área, foi quem me apresentou a esse universo fascinante. Ele me mostrou como um computador funcionava por dentro, despertando minha curiosidade.

Enquanto outras crianças brincavam com carrinhos, eu usava um HD como brinquedo. Desde cedo, já dava para perceber que eu não era uma criança muito comum.

A Descoberta das Lan Houses

Foi no ensino fundamental que tudo começou a fazer mais sentido. Descobri as lan houses e, mesmo minha cidade tendo apenas uma (e não das melhores), aqueles momentos foram mágicos.

Guardava o dinheiro do lanche só para passar o final de semana jogando horas a fio. Não eram só os jogos que me fascinavam, mas a magia por trás deles: por que o personagem se mexe daquele jeito? Como ele interage com o mundo ao redor?

Essas perguntas me levaram a descobrir o mundo da programação e como era possível criar universos inteiros com código.

Primeiro Computador e Hello World

No ensino médio, ganhei meu primeiro computador. Foi como se tivesse recebido as chaves de um novo mundo. Nesse período, conheci Lua Script, uma linguagem orientada a objetos que descobri em fóruns que frequentava.

Em poucos dias, criei meu primeiro Hello World e me senti o maior programador do planeta. Logo depois, desenvolvi meu primeiro jogo: um RPG com física bugada, sprites horríveis e movimentação que parecia bêbada, mas para mim era a coisa mais incrível do mundo.

-- Meu primeiro código em Lua
function love.draw()
    love.graphics.setColor(1, 1, 1)
    love.graphics.print("Hello World!", 400, 300)
end

function love.update(dt)
    -- Lógica do jogo aqui
    if love.keyboard.isDown("right") then
        player.x = player.x + player.speed * dt
    end
end
                            

A Paixão pelo Python

Com 17 anos, no meu último ano do ensino médio, conheci o amor da minha vida: Python. Me apaixonei por ser uma linguagem poderosa e, ao mesmo tempo, simples de usar.

Passei aquele ano todo focado nela, chegando até a matar aula para estudar (não faz sentido, mas a paixão era verdadeira). Criei meus primeiros projetos solo, ainda sem frameworks, só Python puro.

No fim do ensino médio, achei que era um gênio da programação, pronto para conquistar o mundo. Mal sabia eu que o mundo real tinha outros planos para mim.

Primeira Grande Experiência

Aos 17 para 18 anos, tive minha primeira oportunidade real: desenvolver um sistema de automação de vendas com a API do WhatsApp da Meta. Aceitei o desafio cheio de confiança, sem imaginar o que estava por vir.

A realidade bateu forte: documentação terrível, meu inglês pior ainda, e nenhuma experiência prática. Passei noites em claro estudando webhooks, Flask, e como enviar e receber mensagens automatizadas.

Meu código era um verdadeiro Frankenstein, com partes improvisadas e adaptações de tutoriais. Mas, apesar do caos, consegui finalizar o sistema. O bot entrou em produção e funcionava!